Reforma Tributária 2023: Pode aumentar 60% nos impostos da cesta básica

Estados do Sul serão os mais afetados, afirma a Abras

A proposta de Reforma Tributária apresentada na semana passada pode resultar em um aumento médio de 59,83% nos impostos que incidem sobre itens da cesta básica e produtos de higiene, de acordo com as estimativas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

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O presidente da entidade, João Galassi, se reuniu  com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na capital paulista, para discutir os impactos da reforma no setor.

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De acordo com os cálculos da associação, os estados da região Sul serão os mais afetados caso a reforma seja aprovada no Congresso Nacional, com um aumento médio na tributação de 93,5%. Em seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste e Sudeste, com um aumento estimado de 69,3% e 55,5%, respectivamente. Já para as regiões Norte e Nordeste, o acréscimo previsto é de 40,5% e 35,8%.

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No levantamento realizado, foram considerados produtos como arroz, feijão, carnes, ovos, legumes, entre outros. A Abras levou em conta a adoção de uma redução de 50% na alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que está em discussão e é prevista em 25%.

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A possibilidade de aumento nos preços dos produtos básicos já havia sido mencionada anteriormente por especialistas ouvidos pela Agência Brasil. O texto referente à Reforma Tributária tem como objetivo simplificar e unificar os impostos sobre o consumo, além de criar o Fundo de Desenvolvimento Regional, com um montante de R$ 40 milhões, destinado a projetos de estados com orçamentos menores. O relator da matéria, que será votada na Câmara dos Deputados nesta semana, é o parlamentar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

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Ao final da reunião, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, contestou os números apresentados pela Abras, afirmando que o nível de impostos sobre a cesta básica deverá permanecer na mesma linha do que é atualmente, mesmo com a reforma.

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Appy afirmou que o cálculo da associação "não informa", mas "desinforma", pois deixa de fora parte dos efeitos positivos que a reestruturação tributária deve trazer.

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"Primeiramente, não estão afirmando que haverá um aumento de 60% nos itens da cesta básica. O que eles estão dizendo é que a carga tributária, o valor que incide sobre a cesta básica, teria um aumento de 60%, de acordo com os cálculos deles. Com esse tipo de raciocínio, se uma alíquota for de 0,1% e aumentar para 1%, terá havido um aumento de 900%.

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Segundo,mesmo a conta que eles apresentaram está incorreta. Por quê? A análise feita pela Abras considerou apenas a tributação atual na margem dos supermercados, na venda dos produtos da cesta básica, como PIS e Cofins. Eles estimaram qual seria o impacto da adoção de uma alíquota que corresponderia a 50% da alíquota básica, conforme previsto na PEC", explicou.

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"O problema com o cálculo deles é que eles não levam em consideração todo o resíduo tributário das etapas anteriores da produção e o custo tributário que incide nos produtos. O custo total inclui todos os impostos pagos, inclusive aqueles que não são recuperados em todas essas etapas.

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Outro ponto falho em seu raciocínio é que eles apenas consideraram a tributação da margem dos produtos da cesta básica, esquecendo de incluir em seu cálculo a redução de custos que os supermercados terão em relação à cesta básica, devido à recuperação de créditos que atualmente não são aproveitados.

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Hoje, por exemplo, eles não aproveitam nenhum crédito dos impostos incidentes na energia elétrica utilizada no supermercado, nos serviços terceirizados ou nos ativos imobilizados adquiridos. Todos os investimentos feitos são tributados e eles não recuperam crédito", acrescentou.

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É importante destacar que a proposta de reforma tributária ainda está em discussão e que os impactos reais nos preços dos produtos da cesta básica dependerão das decisões finais e das medidas adotadas. O objetivo da reforma é promover uma maior simplificação e eficiência do sistema tributário, buscando reduzir a carga sobre o consumo e impulsionar o desenvolvimento regional.

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Com informações: Agência Brasil

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