Como pagar menos imposto de renda é uma dúvida recorrente entre profissionais autônomos, especialmente os que atuam como pessoa física. A carga tributária elevada, que inclui Imposto de Renda, INSS e ISS, pode comprometer significativamente o rendimento líquido mensal. Neste artigo, vamos apresentar uma alternativa legal e eficaz: a abertura de um CNPJ no regime do Simples Nacional. Essa estrutura permite transformar parte do rendimento tributável em rendimento isento, reduzindo drasticamente os tributos pagos à Receita Federal.
O primeiro passo para entender como pagar menos imposto de renda é compreender a diferença entre os rendimentos tributáveis e os rendimentos isentos.
Rendimentos tributáveis: são aqueles sobre os quais incide o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), conforme a tabela progressiva da Receita Federal, que atualmente vai até 27,5%.
Rendimentos isentos: são rendimentos legalmente excluídos da base de cálculo do IRPF. Um exemplo clássico são os lucros distribuídos por empresas optantes pelo Simples Nacional, desde que observadas as regras estabelecidas.
A isenção sobre a distribuição de lucros está prevista no art. 10 da Lei Complementar nº 123/2006, que regula o regime do Simples Nacional, e também no art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.515/2014.
Um profissional autônomo que recebe, por exemplo, R$ 10.000 por mês como pessoa física, está sujeito a:
Imposto de Renda (até 27,5%)
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): contribuição obrigatória
ISS (Imposto Sobre Serviços): imposto municipal
Com esses tributos somados, a carga total pode ultrapassar facilmente os 30% do rendimento bruto. Isso significa que, do total recebido, uma parte expressiva vai direto para o Fisco, reduzindo sua capacidade de investimento, poupança ou mesmo consumo.
Ao optar por atuar como pessoa jurídica (CNPJ), no regime do Simples Nacional, o profissional consegue tributar o seu faturamento com alíquotas a partir de 6%, a depender da atividade e da faixa de receita bruta anual.
O grande diferencial está no fato de que, após o pagamento dos tributos pela empresa, o profissional pode realizar a distribuição de lucros. Esses lucros entram como rendimentos isentos na declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF).
Considere um profissional que fatura R$ 10.000 mensais. Se ele atuar como CNPJ no Simples Nacional:
A empresa pagará cerca de 6% de tributos (R$ 600)
O restante (R$ 9.400) pode ser distribuído como lucro isento de IR
Com isso, a economia pode chegar a mais de R$ 2.000 por mês, quando comparado à tributação como pessoa física.
Redução da carga tributária: de até 30% para cerca de 6%
Maior rendimento líquido: mais dinheiro no bolso
Planejamento tributário eficaz e legal
Potencial de restituição no IR: ao somar outras deduções legais como saúde e educação
Além disso, a empresa pode aproveitar deduções de despesas operacionais, enquanto na pessoa física, essas deduções são muito mais limitadas.
Para usufruir desses benefícios, é necessário:
Formalizar o CNPJ
Escolher o regime tributário adequado, preferencialmente o Simples Nacional
Realizar o controle contábil correto para garantir a isenção na distribuição de lucros
Emitir notas fiscais dos serviços prestados
Manter a escrituração contábil regular, especialmente se o lucro distribuído ultrapassar o limite do lucro presumido
A atuação como CNPJ deve ser acompanhada por um contador, garantindo a conformidade com a legislação tributária.
Como pagar menos imposto de renda de forma legal e estratégica? A resposta está na mudança da forma de atuação: deixar de ser autônomo e tornar-se pessoa jurídica, enquadrada no Simples Nacional. Com isso, é possível transformar rendimentos tributáveis em isentos, reduzindo a carga tributária e aumentando sua capacidade financeira.
Este modelo é especialmente vantajoso para profissionais liberais e autônomos das áreas da saúde, tecnologia, educação, marketing e serviços em geral.
Economize legalmente, evite problemas com o Fisco e aproveite mais do que é seu por direito.
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